Anomalia Magnética do Atlântico Sul

Região de vulnerabilidade á penetração de partículas e produção de radiação sobre uma região que se encontra praticamente sobre o território brasileiro.

O campo magnético terrestre atinge cerca de 60 mil km pelo espaço. Na superfície a sua intensidade é da ordem de 0,5 oerted, cerca de 20 vezes menos intenso que o campo magnético gerado por um imã de geladeira. As partículas geram correntes elétricas, que induzem campos magnéticos, produzindo as subtempestades geomagnéticas. Quando o CMI (campo magnético do meio interplanetário) tem uma oscilação oposta á do campo geomagnético, à ocorrência de tempestades e subtempestades geomagnéticas é favorecido. Durante as tempestades magnéticas ocorrem perturbações nas radiocomunicações, aumentam o efeito de arraste de satélites. E durante as tempestades, a intensidade da corrente anelar pode chegar a 1 milhão de ampères, demorando de três a doze horas para atingir seu valor máximo, o que corresponde a uma redução do campo magnético a um valor mínimo.

A grande tempestade magnética de 13-14 de março de 1989 afetou o oleoduto do Alasca (de 1.280 km de comprimento). Incontáveis são os relatos de danos e prejuízos a sistemas elétricos em geral causados por tempestades magnéticas na superfície do Hemisfério Norte, principalmente em altitudes elevadas. Foram efeitos curiosos durante a ocorrência de perturbações geomagnéticas, como portões automáticos de garagem funcionando sozinhos, sistemas de alarme doméstico disparando sem serem acionados. Segundo estimativas Oak Ridge National Laboratory dos Estados Unidos, os impactos econômicos colaterais gerados por uma tempestade geomagnética como a de março de 1989 que produziu um apagão na costa nordeste dos Estados Unidos, podem chegar a um prejuízo de bilhões de dólares.

AMAS é uma região de forma ovalada que se caracteriza por uma diminuição nos valores do campo magnético. O valor mínimo situa-se sobre o Sudeste brasileiro, a cerca de 700 km da costa. Como uma superfície de borracha deformada pela ação de uma bola de ferro sobre ela. Em uma depressão no campo é causada pela excentricidade do dipolo magnético da Terra. Assim, de forma semelhante à região auroral, das partículas eletricamente carregadas penetram com mais facilidade na região do AMAS, atingindo camadas mais profundas da atmosfera, tornando essa região umas das mais vulneráveis do planeta aos efeitos das partículas energéticas e radiações.

Será que o dipolo da Terra está colapsando? O dipolo terrestre vem diminuindo a uma taxa aproximadamente de 10% nos últimos 150 anos, mantendo uma tendência decrescente que vem persistindo ao longo dos últimos 4 mil anos. A região da AMAS é um laboratório natural onde ocorrem processos físicos como produção de radiação energização e desintegração de partículas, confinamento de plasmas, propagação de ondas e interação partícula-onda.

Constata-se que quanto mais próximo à linha do Equador, maior possibilidade de danos aos equipamentos que gravitam na órbita da Terra. Os satélites que passam sobre a América do Sul estão mais suscetíveis a problemas com as perturbações eletromagnéticas por causa do AMAS.Todas as espaçonaves que atravessam essa região em altitudes de 100 a 1000 km foram danificadas ou tiveram seu desempenho afetado.













Desvio de radiação para regiões polares cobre o céu com as belíssimas auroras.

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