Pulsares

Os pulsares são fontes emissoras de rádio mais fascinantes, com impulsos de duração média de 35 milésimos de segundo. Tais emissões se repetem em intervalos extremamente regulares da ordem de 1,4 segundo. Os pulsares foram descobertos acidentalmente, em 1967, pelo astrônomo inglês Anthony Hewish e a sua discípula Jocelyn Bell Burnel, que investigaram as cintilações das fontes de rádio distantes com o novo radiotelescópio da Universidade de Cambridge.

Para explicar a origem dessa irradiação tão regular e de tão curto período, o astrônomo norte-americano de origem austríaca Thomas Gold sugeriu que os pulsares fossem uma estrela de nêutrons muito pequena que, ao girar, emite feixes de ondas de rádio á semelhança dos clarões emitidos por um farol. Para melhor explicar tais emissões, seria conveniente lembrar que toda estrela de nêutrons deve possuir um campo magnético muito intenso, cujos pólos não coincidam com seu eixo de rotação. Como ocorre com o globo terrestre. Na superfície dessas estrelas, os nêutrons se transformam em elétrons e prótons. O campo magnético apoiado em correntes elétricas que fluem das profundezas da estrela, gira com a estrela. Feixes de ondas de rádio são emitidos a partir dos pólos magnéticos e varrem o espaço acompanhando a rotação, como a luz de um farol. O pulsar também emite um vento de partículas carregadas e ondas eletromagnéticas de baixa freqüência, que retiram energia e momento angular do corpo e fazem com que o ritmo do giro diminua gradualmente.

Quinze anos depois da descoberta do primeiro pulsar, pesquisadores norte-americanos anunciaram a descoberta de um tipo completamente diferente de todos os outros 5.000 já catalogados.

De fato esse novo objeto pulsa 20 vezes mais rápido do que qualquer outro, emitindo 642 fashes por segundo em intervalos espaçadamente regulares de 1,557 milissegundos, como foi possível analisar no gigantesco radiotelescópio de 305 m de Arecibo, em Porto Rico pelos astrônomos D.Backer, S.Kulkarni e C.Heiles, da universidade da Califórnia.

O mais rápido pulsar anteriormente conhecido, que possuía 900 anos, está localizado na Nebulosa do Caranguejo. Ele gira 30 vezes por segundo com emissões periódicas de 33 milissegundo

O novo pulsar resignado 4C21. 53 (ou seja, o pulsar de ascensão reta 21 horas e 53 segundos do Quarto catálogo de Cambridge) deveria ser uma estrela de nêutrons mais recente que o pulsar da Nebulosa do Caranguejo, pois as estrelas, quanto mais velhas, mais lentamente giram, por perderem mais radiação eletromagnética e gravitação. Assim, devemos supor que a supernova que originou 4C21. 53 explodiu mais recentemente que a nebulosa do Caranguejo, cuja explosão foi registrada pelos chineses em 1054.

Dois fatos demonstram que o novo pulsar é muito mais velho do que se supõe. Em primeiro lugar, sabe-se que uma estrela jovem de nêutrons é muito mais quente e em conseqüência produz uma quantidade de raios x. Bem, não foi registrado emissões do 4C. 53, donde se conclui que o mesmo deve ter surgido há milhões de anos. E a taxa de rotação é muito lenta o que dá forças a teoria. O que leva a concluir que o pulsar se encontra prestes a sofrer uma ruptura, levando-o a uma finalização grandiosa: um buraco negro.

Planeta hipotético orbitando um pulsar.

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