Foi lançado o telescópio Glast!!

2008 será palco das mais novas revelações dramáticas do Universo. A Nasa acabou de lançar
( ainda estou com lágrimas nos olhos!) à exatos 13h05 minutos (horário de Brasília) o Telescópio Espacial de grande área de raios Gama (The Gamma- Ray Large Area Epace Telescope) ou seja GLAST, para explorar os eventos mais energéticos do Universo como buracos negros supermassivos pulsares, supernovas e fontes potentes de raios gama, (nunca pensei que fosse me emocionar tanto com esse belíssimo lançamento, que mudará nossa compreensão do universo a partir de agora ).

Físicos serão capaz de estudar partículas subatômicas em energias muito maiores do que as observadas nos aceleradores de partículas da terra. E cosmólogos ganharão valiosas informações sobre o nascimento e início da evolução do Universo. Para este esforço único, que reúne as comunidades da física de partículas e astrofísicos, a Nasa se reuniu com Departamento de Energia e Instituições na França, Alemanha, Japão, Itália e Suécia. A General Dynamics foi escolhido para a construção do veículo espacial. o Glast deve ser colocado em uma órbita a 565 km da Terra. O telescópio é composto basicamente de um rastreador de trajetórias de partículas e de um calorímetro (medidor de energia).

equipe do GLAST
Utilizando os telescópios especiais atuais, capazes de captar justamente os raios gama, os cientistas conseguem captar essas explosões, muito curtas, mas extremamente violentas. Acredita-se não haver nada tão poderoso no universo quanto uma dessas explosões de raios gama. Surpreendentemente rico e mutável, o céu em raios gama se apresenta de maneira fantasmagoricamente lindo e aparentemente calmo, mostrando a fúria silenciosa de buracos negros supermassivos arremessando matéria violentamente para o espaço a velocidades próximas da luz, onde residem entre outros fenômenos como, estrelas de nêutrons hiperdensas com campos magnéticos gigantescos e o brilho de alta energia da galáxia produzido pelas colisões de partículas carregadas conhecidas com raios cósmicos. Os raios gama também podem se originar da aniquilação de partículas exóticas que formam a matéria escura.

Desde à muito tempo os astrônomos tem a ciência de que o movimento contínuo das galáxias no interior de aglomerados e das estrelas, em galáxias, é mais rápido do que prevê a gravidade da matéria visível, indicando que uma enorme quantidade de matéria invisível está atuando. E ao mesmo tempo os físicos percebem que extensões do Modelo Padrão podem explicar esse significado. A ampliação mais popular envolve um aspecto hipotético da natureza conhecido como supersimetria, tema que o LHC tem como prioridade. Partículas de matéria escura supersimétrica não são realmente escuras. Mesmo não podendo interagir muito coma a matéria comum e com a luz, acredita-se que elas guardem uma propriedade interessante: de ser suas próprias antipartículas. Sempre que duas dessas partículas se encontram elas se aniquilam, convertendo toda a sua massa em energia, incluindo raios gama. O mistério é saber como distinguir essa radiação da emissão similar produzida por outras fontes. Matéria escura ainda é uma incógnita, tanto que as estimativas da intensidade e energia dos raios gama que ela emite variam significamente.

Nos casos mais bem definidos a aniquilação resulta em apenas dois fótons gama dematéria escura, hoje estimada em torno de centenas de GeV. Essa situação reproduz a versão da matéria escura dos raios gama característicos de 511 quiloelétrons-volts(keV), produzidos quando os elétrons e seu companheiro de antimatéria, o pósitron, se aniquilam. Quando são observados raios gama de 511 keV, os astrônomos sabem que há pósitrons envolvidos. Por outro lado quando é observada uma emissão excessiva de raios gama, com energia na faixa de GeV, eles sabem que a matéria escura está envolvida.

Se o Glast conseguir enxergar os raios gamma, ele não só confirmará que a matéria escura realmente exista( descartando assim teorias alternativas), como revelará propriedades das partículas que formam a matéria escura, comosua massa e interatividade, dando aos físicos excelente oportunidade de entendê-las melhor.

O LHC ( Grande Colisor de Hádrons) é capaz de produzir novas partículas, medir sua massa e determinar a intensidade de suas interações. Essas partículas são candidatas a formar a matéria escura. O Glast poderá então determinar o papel que elas desempenham no Universo como um todo.


É possível também que o GLAST observe raios gama gerados pela explosão de buracos negros microscópicos. Uma teoria notável que emergiu na década de 70 quando Stephen Hawking e seus colegas concluíram que a combinação da gravidade com flutuações quânticas de energia poderia sugerir que os buracos negros são instáveis, e que se originaram no próprio processo de formação do Universo e que esses corpos deveriam irradiar partículas cuja a energia aumentaria à mediada que o buraco negro diminui de tamanho, levando á uma reação de fuga e finalmente a uma terrível explosão.

Segundo os cientistas, o Glast será capaz de medir padrões de alteração da gravidade à procura de novas dimensões ( nossa como estamos avançando já desenvolvemos um telescópio para isso!!!), os grávitons, as partículas que transmitem a gravidade, podem ter partículas similares chamadas de grávitons Kaluza- Klein, que se propagam através de de um volume com um número maior de dimensões. Explosões de supernovas poderiam transferir parte de sua energia a esses grávitons, que decairiam em outras partículas e finalmente raios gamma!. O Glast observará muitos objetos como esses, e no final poderá inviabilizar as versões das teorias de dimensões extras.


Eu fico impressionada o quão extensa é a lista de missões desse que é um dos projetos mais uníssonos que já vi em vida se consolidar, é emocionante está testemunhando e vivenciando uma nova era de descobertas a serem feitas nesse universo de questões infinitas.


O Glast está fadado a resolver muitas questões cruciais do Universo de altas energias e nos envolver cada vez mais com o desconhecido, pois quanto mais a esfera do conhecimento cresce, maior é o contato com o infindável desconhecido.


fonte:http://www.nasa.gov/news/index.html